Apesar
do Brasil ser um dos países com maior biodiversidade do planeta e com cerca de
um teço das Florestas Tropicais ainda existentes no mundo, a intensa exploração
de recursos naturais por ações antropogênicas aceleram de forma continua a
fragmentação florestal no país (BRASIL, 2006). Com o aumento da fragmentação o resultado são
áreas florestais isoladas por uma paisagem degradada, o que aumenta o risco de
extinção das espécies (PRIMARCK; RODRIGUES, 2001).
Neste cenário a Mata Atlântica,
um dos mais importantes “hotsposts” do mundo, foi colocada desde 1991, entre os
mais ameaçados do planeta (SAMBUICHI; MIELKE; PEREIRA, 2009). Vivemos no momento de
maior perda de biodiversidade do mundo e não temos ideia das perdas de
possibilidades de remédios, alimentos e substâncias que estão sendo extintas
com esse bioma (SAMBUICHI; MIELKE; PEREIRA, 2009).
Imagem 1. Corredor Central da Mata Atlântica
Como forma de preservação da Mata Atlântica do Sul do Estado da Bahia, foi criado
em 2011 um projeto chamado ‘Corredor Ecológico Esperança-Conduru’. Os
corredores ecológicos são trechos
delimitados de vegetação nativa que conectam fragmentos (BRASIL, 2006). Neste
projeto o principal objetivo foi planejar a paisagem do minicorredor do Parque
Estadual da Serra do Conduru (município de Uruçuca) ao Parque Municipal da Boa Esperança
(Município de Ilhéus) buscando conectar os remanescentes florestais. Os corredores favorecem os processos dos ecossistemas que
são fundamentais para a sustentação da biodiversidade através de eventos como a
polinização, dispersão de sementes, o ciclo hidrológico e a ciclagem de
nutrientes. Além de permitir a mobilidade dos animais em situações de fome e o
fluxo genético da flora e da fauna (BRASIL, 2006).
Imagem 2. Parque do Conduru
Foi realizado um mapeamento
da área, nos anos de 2008 e em 2011, para analise da dinâmica do uso da terra,
a evolução da paisagem e identificação das áreas com prioridades para
restauração ambiental. Entre as ações para restauração florestal está sendo
realizado o plantio de mudas de espécies nativas consideradas como necessárias
para conectar fragmentos. As sementes utilizadas para essa para produção das
mudas de espécies nativas são coletadas e vendidas pelos agricultores do
entorno. A venda de sementes, a longo prazo, se mostra mais vantajosa do que a
derrubada da árvore, ação que incentiva a preservação da diversidade mesmo
dentro das pequenas propriedades.
O projeto ainda incentiva a
educação ambiental, principalmente junto à sociedade civil da área como forma
de conscientizar a população da importância da preservação da área reflorestada
e possibilitar o desenvolvimento sustentável em conjunto com a comunidade.
Autores: Rafaela Rocha e Alan Magalhães.
Referências:
SAMBUICHI, H. R., MIELKE, M. S. & PEREIRA, C. E. Nossas Árvores: conservação, uso e manejo de árvores nativas do sul da bahia. Editora da UESC, 2009.
BRASIL. O Corredor Central da Mata Atlântica: Uma Nova Escala de Conservação da Biodiversidade. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, 2006.
RICHARD B. & PRIMACK, T. Biologia da Conservação. Editora Efraim Rodrigues. 2001.
Fonte de Imagens: Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário